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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Fake universe, fake feelings, fake love...fake life!

Muitas vezes nos deparamos com sonhos fantásticos, prazerosos, desejáveis e, para nossas mentes fechadas, até inalcançáveis. Cansamos de ouvir sempre a mesma história de que devemos perseguir nossos desejos, nos tornarmos o que realmente queremos e descobrir nosso lugar nesse grande planeta. Tentamos diariamente e insistentemente sermos aceitos pelo mundo, pelas pessoas, pelos lugares e a batalha mais árdua se encontra quando temos de aceitar a nós mesmos.
Encarar a vida como uma jornada talvez seja a melhor forma de lidar com os problemas que faltamente surgirão durante os anos em que estaremos aqui. Muitos não podem enxergar as belezas desse lugar e é triste ver como estamos tão acostumados a reclamar de tudo e acabamos nos esquecendo de agradecer pelo pouco e até o muito que temos. Menosprezamos o maravilhoso som produzido por um pássaro, as belezas da natureza e os encantos de toda a criação. Trocamos todas essas coisas por estresse, cansaço intenso, nervosismo, enxaquecas, apego material e tantas outras coisas que já nem ligamos mais pra vida em si. Isso se prova ao vermos que a prioridade de grande parte da população mundial atualmente é só uma: enriquecer. E ainda vamos além! Esquecemos quem somos, para que estamos aqui e ignoramos o fato de não sermos apenas matéria. Tornamos-nos céticos e dignos de sermos chamados de "Tomés".
Com tudo isso seguimos nosso caminho, arrumamos nossas malas e partimos em direção a qualquer destino. Perdemos o total senso de direção e de comunhão e simplesmente esquecemos todos os que estão ao nosso redor. Amar ao próximo se tornou algo obsoleto e hoje o lema é a competição. Não posso deixar de me perguntar que mundo estamos construindo, para onde estamos rumando e qual é o propósito de tudo isso. Fechar os olhos para a sociedade decadente em que nos encontramos é o mesmo que ignorar nossa própria existência. Muitos falam, poucos protestam. Muitos choram, poucos fazem. Poucos têm muito, muitos têm pouco. E assim nós seguimos para aquilo que chamamos de evolução. Ainda bem que não nos preocupamos muito com o conceito de desenvolvimento, senão estaríamos certamente perdidos.
E nessa vida continuamos, nessa vida seguimos...
O importante é não esquecer jamais das dicas essenciais: não ame, não sinta, não pense, não faça pelos outros, vingue-se de quem te faz mal, não seja bom (bonzinhos sempre se ferram) e não faça nada que possa lhe render uma reputação no estilo altruísta; e uma das partes mais indispensáveis: Deus não existe! Convença-se disso e terás dias felizes. Afinal, qual a razão dEle existir se nosso conhecimento tão elevado pode nos dar todas as respostas que precisamos? Existe um motivo para a existência de um ser supremo se já somos tão independentes?! Por que necessitaríamos do amor dEle e de suas leis se nos viramos tão bem sozinhos?! Matamos milhares através de nossas cobiças, massacramos milhões por querermos cada vez mais e ignoramos infinitos pedidos de socorro por nos sentirmos superiores. Mas qual é o grande problema com isso?! Podem estar morrendo de fome, sofrendo com inúmeras doenças, padecendo por conta de diversos males, mas isso tudo não importa. São apenas pessoas! Não como você ou como eu, não tão especiais. Apenas pessoas!
E nesse objetivo sem rumo continuamos. Achamos-nos dignos de muita coisa, engrandecemos cada vez mais nosso ego que alimenta incessantemente nosso vazio interior e a vontade de nos sentirmos queridos, reclamamos de tudo, pisamos em cima de quem achamos ser inferior apenas para nos acharmos superiores e damos risada dos erros alheios para aumentar a mesma sensação de grandeza para a qual vivemos. Prendemos-nos nesse jogo eterno, infindável, cansativo e desesperador do qual tentamos diariamente sair. Mas quando damos um passo para fora recuamos três para o centro da coisa. E todos jogam, porque ninguém pode estar de fora. Estar de fora é como ser uma aberração. Estar de fora é não estar incluso no "universo falsidade", onde todos são apenas máscaras e permanecem vazios para o resto de suas vidas. Arduamente tentamos esconder a podridão que mantemos em nosso interior e brincamos de viver, como se realmente a sinceridade fosse a coisa mais indesejável.
Mas não podemos mudar, né?! Eu sou assim, você é assim...todos somos. Mudar dá muito trabalho, pensar nos outros é demasiado estressante e amar se torna chato depois de um tempo. Falar mal dos outros é muito mais divertido, bancar a "estrela" é bem mais atraente e elevar nossa auto-estima falida é mais reconfortante, mesmo que por causa dessas coisas permaneçamos vivendo uma grande farsa. Perseguimos a aprovação alheia apenas para podermos mentir para nós mesmos com mais firmeza e tentarmos preencher o buraco crescente que se encontra dentro de cada um, jamais esquecendo que somos mais bonitos, mais inteligentes, mais carismáticos, mais simpáticos e infinitamente melhores que os outros. Nunca deixando de lado a idéia de que o mundo gira em torno de nós e que sempre estamos certos.
Desse jeito "conseguimos", assim erramos e dessa maneira fingimos aprender algo, dissimulando uma falsa evolução e aparentando um crescimento apenas imaginário. Dessa forma caminhamos e mentimos para o mundo, tentando enganar nós mesmos e persistindo no erro eterno. Essa é a caminhada, dessa forma prosseguimos e sem jamais parar continuamos caminhando, mesmo sem ter idéia do nosso rumo...

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