Não encontrar mais, não acreditar por um dia, esquecer e não dizer
Falar? Guardar? Esperar? Não, não...não
Assim desfalece, assim examina, assim se perde
Acrescentar dois pontos ao quadro, tornar o louco são em sua própria debilidade
Mente sem rumo, escrava de desejos efêmeros e vãos
Instável, à deriva em um mar bravo e irresoluto
Como a água sem destino, como o esconderijo perdido
Arrefecem os amores do coração, incendeiam as paixões que buscam a razão
E não encontram senão vontade de ser, mas descobrem-se incapazes de crescer
Por que a fé não sabe seu caminho?
Por que guia sem ver a luz de sua crença?
Sem Deus não haveria eu, sem mim não haveria Deus
Com certeza a dúvida morreria, mas sem dúvida nada existiria
E cai, cai para não mais se levantar
Como uma amnésia temporária, como o dia que não tarda a vir
Sem movimento, correndo à velocidade da luz
Metáforas sem sentido, alusões a realidades individuais
Egocentrismo exacerbado, imperceptível e fruto de pensamentos quiçá errados
A magia foge, escapa para seu universo isolado e inatingível
Ficam os ares, a sede, a vontade, a soberba
Carregam-nas o luto, a vida morta na ausência de um suspiro
E as memórias do que não existiu, sonhos irreais da alma
Mentira auto-explicativas, de objetivos nobres e exaltados
Vivem com elas as verdades, sem razão para respirar
Sem ar se deixam, morrem, e vivem sua vida já acabada como se um dia tivessem vivido
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